Quando tocou os primeiros acordes de "Eight Days a Week" na noite
desta quarta-feira na HSBC Arena, no Rio de Janeiro, Paul McCartney
abria seu 13º show no Brasil nos últimos cinco anos confirmando que,
apesar de ser cada vez mais uma "figurinha carimbada" por essas bandas,
continua a levar os fãs à loucura.
Depois das 11 apresentações no país entre 2010 e 2013, o ex-beatle
começou a nova parte brasileira da turnê "Out There" na segunda-feira em
Vitória, no Espírito Santo. Em palcos cariocas, Paul não pisava desde
2011, quando tocou no Engenhão, como parte da turnê "Up and Coming".
Foto: Marcos Hermes/Divulgação
O músico ainda se apresentará mais três vezes no Brasil. Após uma
parada de dez dias, Paul viaja para Brasília, onde se apresenta no
Estádio Nacional no dia 23 de novembro, e depois parte rumo a São Paulo,
para tocar no Allianz Parque nos dias 25 e 26.
O show desta quarta-feira teve uma peculiaridade. Acostumado aos
estádios abertos, habituais nas últimas visitas, o público dessa vez
pôde ver o ídolo mais de perto, em um espaço menor e mais intimista, o
que não diminuiu em nada a empolgação dos fãs.
Foto: Marcos Hermes/Divulgação
E Paul sabe jogar para a plateia. Mesmo abrindo espaço para músicas
do álbum "New", lançado em outubro do ano passado, o foco do repertório
são os sucessos dos Beatles. Das quase 40 músicas que tocou, mais de 25
eram dos Fab Four.
Clássicos como "Let It Be", Hey Jude", "Yesterday" e "Eleanor Rigby"
foram cantados em uníssono pelos fãs, que não perderam o fôlego na hora
de acompanhar as canções do ex-Beatle com os Wings, na década de 1970, e
na carreira solo, como "Live and Let Die", "Band on the Run" e "Let Me
Roll It".
Para retribuir o carinho, Paul usou e abusou de expressões em
português entre uma música e outra - desde os clássicos 'obrigado' e
'boa noite', até gírias e frases mais elaboradas como "show de bola" e
"tá bombando".
Foto: Marcos Hermes/Divulgação
Apesar de o sotaque de Sir Paul estar cada vez melhor, dada a
assiduidade em terras brasileiras, o público estava ali para escutar o
bom e velho rock'n roll e se emocionar. E não faltaram lágrimas quando o
músico decidiu homenagear a ex-mulher Linda e os companheiros de
Beatles já falecidos.
Para Linda, Paul dedicou sua balada mais bela, "Maybe I'm Amazed", e
George Harrison foi lembrado com "Something". Para John Lennon, um dos
momentos mais emocionantes da noite: a interpretação visceral de "Here
Today", escrita pouco depois do assassinato do eterno parceiro.
Após quase três horas de show, com apenas duas paradas, Paul voltou
para o terceiro bis e levou os fãs ao delírio com o ato final de uma
noite que muitos imploraram para nunca acabar. Mas o desfecho foi
sublime, com a sequência composta por "Golden Slumbers", "Carry That
Weight" e "The End".
E, no final, a comunhão entre astro e público atingiu o ápice, com
Paul McCartney confirmando a todos que estavam ali que "o amor que você
recebe é igual ao que você faz".
Foto: Marcos Hermes/Divulgação
O set list foi o mesmo do show no Espiríto Santo:
1) Eight Days a Week
2) Save Us
3) All My Loving
4) Listen to what The Man Said
5) Let Me Roll It
6) Paperback Writer
7) My Valentine
8) 1985
9) The Long Winding Road
10) Maybe I’m Amazed
11) I’ve Just Seen a Face
12) We Can Work It Out
13) Another Day
14) And I Love Her
15) Black Bird
16) Here Today
17) New
18) Queenie Eye
19) Lady Madonna
20) All Together Now
21) Lovely Rita
22) Everybody Out There
23) Eleanor Rigby
24) Mr. Kite
25) Something
26) Obla di Obla da
27) Band of The Run
28) Back in The Ussr
29) Let it Be
30) Live and Let Die
31) Hey Jude
32) Day Tripper
33) Hi Hi Hi
34) I Saw Her Standing There
35) Yesterday
36) Helter Skelter
37) Golden Slumbers
Próximo show será dia 23 de novembro em Brasília....
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