Mais precisamente, desde 1993 os curitibanos não tinham a oportunidade
de ver na cidade o show de um dos integrantes da maior banda de todos os
tempos. Vinte anos depois que Paul McCartney
encheu a Pedreira Paulo Leminski, foi a vez do ex-baterista tocar pela
primeira vez na capital paranaense com sua All Starr Band, fechando mais
uma passagem pelo Brasil.
O setlist foi bastante parecido com o do show de terça-feira (29), em
São Paulo, com exceções das músicas tocadas por Richard Page, que ficou
apenas no backing vocal na apresentação em Curitiba.
Foi com um cover de Carl Perkins – Matchbox - que Ringo deu início ao
show com a famosa pontualidade britânica, às 21h30. Era o que o público
esperava para se levantar e acompanhar a sequência que se seguiu com It
Don’t Come Easy e Wings.
Pedindo “paz e amor” repetidas vezes, Ringo conduziu o show
alternando-se entre a bateria e o microfone – nestas ocasiões, arriscava
danças desajeitadas – o que talvez seja normal para quem se acostumou a
se posicionar sentado, atrás de uma bateria. Outro trejeito marcante ao
longo da carreira, que Ringo não deixou de exibir, foi a ironia afiada.
“Como vocês sabem, eu sou Ringo Starr, e essa é minha banda”, anunciou
ao fim das três primeiras canções.
Ringo voltou ao microfone cantando a primeira das canções do Beatles da
noite – “Don’t Pass Me By”. E o fez novamente com a típica ironia.
“Vocês devem se lembrar dessa música daquela banda na qual eu costumava
tocar”, anunciou, para riso geral. Intercalado por “Bang The Drum All
Day”, de Rundgren, a beatlemania foi alimentada com “Boys” e “Yellow
Submarine”, e respondeu com bexigas amarelas espalhadas pelo teatro.
(Foto: Fernando Castro/ G1)
Após nova alternância com a versão de Rolie para “Black Magic Woman”,
Ringo trouxe mais um cover de Carl Perkins, também cantada pelos Beatles
– “Honey Don’t” – que foi seguida de uma das mais novas canções do
ex-beatle – “Anthem For Peace And Love”.
Lukather e Rivera voltaram à carga com “Africa”, seguidos de “Everybody
is Everything”, com Rolie. Após uma breve saída do palco, que levou uns
e outros a se sentarem, Ringo retornou com mais uma que ficou marcada
pelos Beatles – “I Wanna Be Your Man”. Rundgren seguiu o show com “Love
is The Answer”, Rolie retomou o cancioneiro de Santana com “Oye Como
Va”, e a dupla Lukhater e Rivera fecharam a sequência com “Hold The
Line”.
Irreverente, Ringo fingiu que atendia pedido da plateia quando anunciou que tocaria “Photograph” – canção composta por ele e George Harrisonx,
um dos maiores sucessos da carreira solo do ex-baterista. Não que o
público não quisesse ouvir a clássica, mas com o avançar da hora, a
expectativa crescia para o “grand-finale” – que veio com uma sequência
de canções dos Beatles e John Lennon.
“Act Naturally”, gravada originalmente por Buck Owens e interpretada
por Ringo na banda inglesa, foi a primeira delas. Para fechar a
apresentação, um medley de “With a Little Help From My Friends” e “Give
Peace a Chance” deixou no público uma mensagem que, assim como Beatles e
Ringo, nunca sai de moda.
fonte: http://g1.globo.com/pr/parana/musica/noticia/2013/11/de-pe-publico-lota-teatro-em-curitiba-para-show-de-ringo-starr.html
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