Paul McCartney chega a Wembley para a final daFA Cup de 1968. Poucos viram a presença do beatle no estádio para ver o Everton (Foto: Getty Images)
Incrível, mas é verdade. Houve um dia em que Paul McCartney, recordista de público em estádios de futebol, era apenas um anônimo na multidão. Entrou pela porta do lendário Wembley, em Londres, sem ser o astro do espetáculo. Pior ainda: em plenos anos de 1960, quando os Beatles tomavam conta do cenário numa década fervilhante nas artes, na cultura, na política e até nos esportes. Numa primavera de 18 de maio de 1968, sem o grande parceiro, John Lennon, e os até então inseparáveis George Harrison e Ringo Starr, Macca se deu o luxo de ir: torcer para seu time de futebol. Liverpool? Não. Nada disso, Paul é Everton.
Afinal, 1968 era um ano cheio. Os Fab Four ainda experimentavam o sucesso de vendas e de críticas do revolucionário "Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band", de 1967, e se preparavam para lançar o "White Album", outro na lista dos melhores de todos os tempos.
Uísque e cigarros de Paul aos perdedores
Numa época em que os Fab Four abusavam da alegria, Paul gostaria da homenagem. Tristeza era para ser espantada. Ele sempre foi um beatle. E beatle fazia festa até em enterro... Os jornais da época e livros biográficos contam que, apesar do resultado negativo para o West Brom, o músico fez questão de ir ao vestiário do Everton após a partida levar uísque e cigarros para os jogadores. A derrota foi regada... E olha que Hope, do outro lado e vitorioso, é da Escócia, que produz o melhor e mais velho malte da bebida nos famosos barris...
Apesar de não ser um louco por futebol, Paul McCartney sempre se declarou um "evertonian". No site oficial do clube, há depoimentos de Paul sobre os Blues (apelido do time). A simpatia vem do berço.
- Meu pai nasceu Everton. Quando os dois da cidade se enfrentam, sou Evertonian - disse, explicando que a escolha de pôr na capa do "Sgt. Pepper's" o lendário Albert Subbins, ex-atacante do Liverpool, em detrimento de Dixie Dean, dos "Toffees", teria partido de John Lennon.
Nos anos 70, Sir McCartney teria se encantado pela boa fase dos Reds. Certa vez, a ex-mulher, Linda, afirmou que a família se reunia na TV para ver os jogos do Liverpool, levantando suspeita de que Macca teria virado a casaca.
Mas, na verdade, o músico teria retribuído atitude do ídolo dos Reds, o craque escocês Kenny Dalglish, que num show dos Wings,levou o elenco todo para assistir ao ídolo do rock and roll.
-Gosto de assistir a partidas na televisão, vou a estádios ver jogos ocasionalmente, não sou um apaixonado por futebol. Adorava jogar na rua, mas não era muito bom nisso. Aí, quando você começa a enfrentar sempre caras melhores do que você... Foi assim que aconteceu com os Beatles... Nenhum de nós estava com futebol na cabeça - disse ao site.
A maratona da maior banda de rock pode ter atrapalhado a relação com o futebol. O único que sempre deixou claro que não gostava do esporte era George Harrison, louco por Fórmula 1. Ringo Starr seria torcedor de infância do Arsenal, por influência do padrasto.
fonte:http://globoesporte.globo.com/futebol/futebol-internacional/futebol-ingles/noticia/2010/11/meu-jogo-inesquecivel-hope-e-astro-quando-paul-mccartney-vira-torcedor.html (menos o título)
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