"Tomorrow Never Knows" é a última faixa do álbum Revolver dos Beatles, mas a primeira a ser gravada.Creditado como uma canção de Lennon/McCartney, foi escrita principalmente por John Lennon. Crítico musical Richie Unterberger da Allmusic disse que era "a faixa mais experimental e psicodélica em Revolver, em ambos na sua estrutura e produção."
Composição
John Lennon escreveu a canção em janeiro de 1966, com letra adaptada do livro The Psychedelic Experience: Um Manual Baseado no Livro Tibetano dos Mortos de Timothy Leary, Richard Alpert e Ralph Metzner, que por sua vez foi adaptada do Livro Tibetano dos Mortos. Embora Peter Brown acredita que a fonte de Lennon para a letra foi o Livro Tibetano dos Mortos em si, que, segundo ele, Lennon leu enquanto consumia LSD,George Harrison declarou mais tarde que a idéia para a letra veio do livro de Leary, Alpert e Metzner e Paul McCartney confirmou isso, dizendo que ele e Lennon tinha visitado a recém-inaugurada livraria Indica - Lennon estava procurando por uma cópia do The Portable Nietzsche e Lennon tinha encontrado uma cópia da The Psychedelic Experience que continha as linhas: "When in doubt, relax, turn off your mind, float downstream".
Lennon comprou o livro, foi para casa, tomou LSD, e segui as instruções exatamente como afirmado no livro.O livro considerou que a experiência da "morte do ego" sob a influência de LSD e outras drogas psicodélicas é essencialmente similar ao processo de morrer e necessita de orientação similar.
O título realmente nunca apareceu na letra da canção. Em uma entrevista,McCartney revelou que, como "A Hard Day Night", foi tirado de uma das impropriedades lingüísticas de Ringo Starr.A peça foi originalmente intitulada "Mark I"."The Void" é citado como um outro título, mas de acordo com Mark Lewisohn (e Bob Spitz) isto não é verdade, embora os livros, The Love You Make: An Insider's Story of The Beatles e The Beatles A to Z tantos citam "The Void", como o título original.
Quando os Beatles voltaram a Londres após a sua primeira visita aos Estados Unidos no início de 1964 eles foram entrevistados por David Coleman da televisão BBC. A entrevista foi o seguinte:
Entrevistador: "Agora, Ringo, eu ouvi dizer que você foi maltratado no Baile da Embaixada,isso é verdade?"
Ringo: "Nem por isso Alguém apenas cortou um pouco do meu cabelo, que você vê."Entrevistador: "O que aconteceu exatamente"
Entrevistador: "Vamos olhar Você parece ter muito a esquerda."
Ringo: (vira a cabeça) "Você pode ver a diferença é mais, este lado".
Ringo: "..Eu não sei Eu só estava falando, tendo uma entrevista (voz exagerada) Assim como eu estou tendo agora"
(John e Paul começam a levantar mechas de seus cabelos, fingindo cortá-las)
Ringo: "Eu estava falando à distância e olhei em volta, e havia cerca de 400 pessoas apenas sorrindo Então, você sabe - que você pode dizer"
John: "O que você pode dizer ?"
Ringo: "Amanhã nunca se sabe (Tomorrow Never Knows)".
(John ri)
Gravação
Foi a primeira canção gravada para o álbum.No dia 06 de abril Paul e George gravaram guitarras, baixo por Paul e a impressionante batida de Ringo em três takes (a boa foi o terceiro).Tecnicamente era a primeira vez que se ouvia um som de percussão tão potente.O engenheiro Geoff Emerick colocou um casaco de lã dentro do tom tom do Ringo para abafar o som, posicionou um microfone bem perto e gravou com muita compressão e eco. O resultado foi trovejante.
Paul na época descobriu que se tirasse a cabeça do seu gravador – Grundig ou Brennell, segundo fontes discrepantes – poderia sobrepor sons.Com isso foram feitos cinco loops gravados simultaneamente no dia sete num único canal no estúdio 2 com os sinais vindos de diferentes partes do prédio, com o uso de lápis para segurar alguns grandes demais para caber nos gravadores.Uma risada processada e invertida de Paul faz o som que se ouve na faixa como uma espécie de canto indígena. Dois outros foram feitos com um melotron (precursor do sintetizador) com sons de flauta e cordas distorcidas, um acorde orquestral e uma frase ascendente de cítara de George Harrison (abre a música).
A canção foi terminada no dia 22 de abril com gravação de vocais, órgão do John, pandeiro do Ringo e um solo invertido de guitarra de Paul. Há versões conflitantes de que esse solo seria um trecho feito por ele em Taxman ou seria um outro solo.
Na hora de botar a voz, Lennon pirou completamente. Queria que sua voz soasse como o Dalai Lama pregando do alto de uma montanha no Tibete. E ainda pediu um vocal como o de mil monges. George Martin ponderou que ir ao Tibete seria caro demais e resolveu por ali mesmo. Na primeira parte o vocal de John é feito com dobra via ADT.
A partir do verso “That love is all and love is everyone”, a voz passa por uma caixa rotativa Leslie, um modulador do órgão Hammond. Os engenheiros fizeram uma alteração no circuito para passar a voz por ela, que adquiriu um timbre fantasmagórico que assombrou todo mundo no estúdio. Emerick conta que a partir dali os Beatles ficaram insistindo para tudo passar pela Leslie. John queria fazer outra experiência: ser amarrado de cabeça para baixo para cantar nessa posição. Ele chegou a pedir a Emerick para providenciar uma corda, o engenheiro fingiu que não ouviu e John esqueceu o lance.
A partir do verso “That love is all and love is everyone”, a voz passa por uma caixa rotativa Leslie, um modulador do órgão Hammond. Os engenheiros fizeram uma alteração no circuito para passar a voz por ela, que adquiriu um timbre fantasmagórico que assombrou todo mundo no estúdio. Emerick conta que a partir dali os Beatles ficaram insistindo para tudo passar pela Leslie. John queria fazer outra experiência: ser amarrado de cabeça para baixo para cantar nessa posição. Ele chegou a pedir a Emerick para providenciar uma corda, o engenheiro fingiu que não ouviu e John esqueceu o lance.
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