A revista Rolling Stone anunciou, nesta quarta-feira (10), a nova capa da edição americana, com ninguém menos que Sir Paul McCartney.
A matéria conta com uma extensa entrevista com o músico, que trata de assuntos diversos, desde novo álbum a ser lançado em breve, até seu relacionamento com Yoko Ono.
Segundo a revista, foram duas longas entrevistas feitas com o eterno Beatle: uma em Londres, na MPL, e outra em Filadélfia, antes de um dos shows da turnê “One On One”. E, claro, aquela pergunta já batida: “até quando você pretende fazer shows?”, mas com uma resposta feita para deixar os fãs tranquilos!
O repórter também questionou o baixista sobre o filme “Let It Be”, de 1970, o qual não se sabe se haverá uma restauração. Ele disse sempre trazer o assunto à tona, mas o projeto não vai para frente.
Confira alguma das perguntas feitas pela Rolling Stone:
“Por que os shows são tão vitais para você neste ponto de sua vida?”
Essa ideia dessa pequena grande banda é bem atrativa. O que nos une é essa música que todos amamos. Nos halls de Nashville, nos clubes de Liverpool e em Hamburgo. Um dos prazeres para mim, quando encerramos o dia, é que há 5 de nós.
E eu aprendi algumas lições. Eu costumava morrer de medo de errar. E aprendi que tudo bem. O público, na verdade, gosta disso.
Qual foi o maior erro que você cometeu no palco?
Eu não lembro qual foi o último. Mas teve um show em Paris, no qual eu comecei “Penny Lane” do segundo verso, em vez do primeiro. Deveria ser “a barber showing photographs”. Então, pensei ‘Vou trocar os versos – fazer o segundo, e então o primeiro e vamos para a parte do meio’. Mas a banda pensou corretamente, ‘ele pulou o primeiro verso, vamos para a parte do meio’.
Foi como um acidente de carro em Penny Lane. Eu tive que dizer, ‘parem, parem. Estragamos tudo. Vamos começar de novo’. O público ficou louco. Uma amiga, Cilla Black, que faleceu há pouco tempo, veio me encontrar no fim do show: ‘Eu amei o que vocês fizeram em Penny Lane. Vocês fazem isso todas as noites?”.
Você se imagina fazendo turnês assim com 80 anos? Você foi aconselhado a parar com 40
Inimaginável e imprevisível. Pense, quando eu tinha 17, tinha um cara na escola de artes do John com 24 anos – e eu me sentia mal por ele. Sentia pena [risos]. Ele era muito velho.
Doris Day, quem eu conheço um pouco, disse para mim, “Idade é uma ilusão”. Eu a lembrei disso recentemente, quando a desejei feliz aniversário. Pessoas dizem que idade é um número. É um número grande conforme você vai ficando mais velho. Mas não interfere. Eu não me incomodo com isso. Você pode ignorá-lo. É o que eu faço.
Hoje, as decisões dos Beatles têm que ser unânimes – você, Ringo, Yoko Ono e Olivia Harrison
Sim. Esse é o segredo dos Beatles – não pode ser três contra um. Durante a separação foi quando isso foi estragado – nós fizemos o três contra um. Mas agora tem que ser unanimidade. As duas garotas são Beatles.
Como você classificaria seu relacionamento com Yoko Ono agora?
Muito bom, na verdade. Naquela época, nós éramos um pouco assustados. Ela sentava nos amplificadores enquanto nós gravávamos. A maioria das bandas não aceitaria aquilo. Nós aceitamos, mas não muito bem, porque nós éramos fechados. Não éramos sexistas, mas as garotas não vinham ao estúdio – elas deixavam isso conosco. Quando John se juntou a Yoko, ela não estava na sala de controle ou ao lado. Ela estava no meio de nós quatro.
Meu pensamento era, se John ama essa mulher, ele deve estar certo. Eu percebi que eu teria que superar qualquer resistência. Foi um pouco difícil no começo. Gradualmente, nós conseguimos. Agora é como se fôssemos parceiros. Eu gosto de Yoko [risos]. Ela é tão Yoko.
Você consideraria fazer uma turnê com o Ringo?
Nós nunca falamos sobre isso. Nós nos juntamos para coisas como o Rock And Roll Hall Of Fame. Mas para realmente fazer uma turnê juntos, melhor deixarmos assim mesmo.
Você pode ler a entrevista na íntegra – em inglês – clicando aqui.
Colaboração: Steve Gurney
fontes: Pop Cultura ou Rolling Stone
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