(Foto: Getty Images)
Faz 50 anos que os Beatles, banda britânica que viria a mudar a
história do rock e vender 177 milhões de discos somente nos Estados
Unidos, lançaram seu primeiro compacto, com as músicas "Love Me Do" e
"P.S: I Love You". John Lennon, Paul McCartney, Ringo Starr e George
Harrison. Uma formação que foi desfeita em 1970 e que receberia ofertas
milionárias nos anos seguintes apenas para se reunir de novo.
"As histórias sobre as reuniões dos Beatles são como as aparições de
Elvis", uma vez definiu Henry Stern, comissário de parques e recreação
da cidade de Nova York, ao jornal New York Times. Ele estava certo.
Principalmente no ano de 1976, quando os quatro nomes estavam distantes
publicamente havia somente seis anos, muitas propostas apareceram para
que eles cantassem juntos de novo.
O homem que mais tentou juntar os Beatles foi Sid Bernstein, um promotor
que já conhecia o poder da banda britânica. Nos anos anteriores, ele
havia levado uma série de espetáculos dos rapazes para a América e se
tornou, de certa forma, um dos responsáveis por garantir a notoriedade
deles nos Estados Unidos. Naquele ano de 1976, ele ofereceu aos quatro
integrantes um show cuja previsão era arrecadar US$ 230 milhões. Ele
disse, em meio à Guerra Fria, que a união seria um consolo "para um
mundo tão desesperadamente dividido".
Sid Bernstein (Foto: Getty Images)
Eles recusaram, respeitosamente, embora alguns deles realmente tivessem
considerado aceitar. Em entrevista concedida à Radio Times, em 2007,
Paul McCartney abriu o jogo. "Havia montantes fenomenais de dinheiro
sendo oferecidos. Milhões deste Sid Bernstein, um promotor de Nova York.
Algumas vezes três de nós pensávamos: 'sabe que pode não ser uma má
ideia'. Mas aí o outro vinha e dizia: 'não, não vale a pena', e ele
vetava. Digamos que nunca houve um momento em que nós quatro quisemos
aceitar".
Toda a expectativa para que os Beatles se reunissem mais uma vez fez
com que, em 1976, o programa humorístico Saturday Night Live também
tentasse. O produtor Lorne Michaels disse ao vivo que tinha a
autorização da emissora NBC para oferecer US$ 3 mil para dar aos rapazes
caso eles aparecessem por lá. "Vocês podem dividir da maneira que
quiserem. Se vocês quiserem dar menos ao Ringo, só depende de vocês",
brincou.
Lennon e McCartney, que assistiam ao programa, chegaram a considerar a
ideia. "Paul e eu estávamos juntos, pois ele estava nos visitando em
Dakota. Estávamos assistindo e quase fomos ao estúdio, apenas para tirar
sarro. Quase entramos em um táxi, mas estávamos muito cansados", contou
Lennon a David Sheff, o autor do livro All We Are Saying, publicado em
2000. A cena seria dramatizada no filme Two of Us.
fonte: http://epocanegocios.globo.com/Inspiracao/Vida/noticia/2012/09/us-230-milhoes-por-um-show-juntos-e-os-beatles-recusaram.html
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