No trajeto para o Estádio Mineirão, o ex-beatle Paul McCartney concedeu
uma entrevista exclusiva aos Diários Associados em que falou sobre a
turnê Out there!
A primeira apresentação acontece neste
sábado em Belo Horizonte. O músico inglês gostou muito da recepção que
recebeu na cidade. “os fãs têm sido maravilhosos. Então, a primeira
impressão é ótima”, disse.
O bate-papo do músico inglês com a
repórter do Estado de Minas, Mariana Peixoto, e o apresentador da
Guarani FM, Luiz Fernando de Freitas, vai ao ar às 20h na 96.5 FM. Você
também pode conferir a entrevista com Paul McCartney na edição de
domingo do jornal Estado de Minas.
Leia a transcrição da entrevista
Quais foram suas impressões de Belo Horizonte?
A
primeira impressão diz respeito às pessoas, que são ótimas,
entusiasmadas e muito simpáticas. A cidade também é boa e quente. Para
uma pessoa que está vindo do inverno inglês, é ótimo encontrar um bom
clima. Na verdade, não vi muito da cidade, tenho que admitir,
basicamente fiquei no hotel.
O dia está realmente
incrível para estrear uma turnê. Desde que você veio pela primeira vez
ao Brasil, em 1990, já apresentou no país 81 canções diferentes. Para
além dos clássicos, sempre obrigatórios, como você faz para montar o
repertório de um novo show?
Como você disse,
selecionamos aquelas que acreditamos que o público gosta. Há algumas que
gosto de tocar toda vez porque é o que a plateia espera. Para as novas
canções, primeiramente selecionamos aquelas que achamos ser boas e que
gostaríamos de tocar. Aí começamos os ensaios para ver se realmente nos
fazem sentir bem. Se acharmos que o público também vai gostar, incluímos
no repertório. Temos um número de canções que nunca apresentamos,
algumas premières. Não temos nenhuma do novo álbum porque ele não está
pronto, mas há surpresas.
Falando do próximo álbum, o produtor Mark Ronson falou que você chegou a ouvir baile funk durante a produção...
Isso
mesmo. Ouço todo tipo de música. A cada mês recebo um CD de um amigo
que compila músicas que estão "acontecendo" ao redor do mundo. Isso
inclui a brasileira, que é bem funky. Não me lembro o que foi, não
costumo olhar sempre para saber os nomes. Também ouvi novas bandas,
gêneros como hip hop e indie.
Isso pode significar que o próximo disco seja mais dançante, na linha de Coming up?
Bem,
não tem nada a ver com Kisses on the bottom (2012), é completamente o
oposto, bem mais rock and roll. Toquei para minha equipe na noite
passada (sexta-feira) durante uma pequena festa que fizemos e todos
ficaram bem felizes. Isso me alegrou também.
Você tocou recentemente com os ex-integrantes do Nirvana. A questão é: se considera basicamente um roqueiro?
Foi
como comecei. Minha primeira banda, a encarnação mais antiga dos
Beatles, The Quarrymen, depois The Silver Beatles, todos eram bandas de
rock’n’roll. E sim, é o que gosto, é o que sou basicamente. Mas fiz
Kisses on the bottom porque também amo música mais melódica, aquela da
era do meu pai. Foi um bom projeto paralelo muito bom e divertido de
fazer.
Please please me completou em março 50 anos. O que você consegue se lembrar daquela época?
Você realmente quer saber o que consigo lembrar? (risos)
Você que me diz...
Bem,
eu mal consigo me lembrar da semana passada. Na verdade, tenho
lembranças incríveis de todos esses anos, desde o início do grupo, ainda
pequeno, depois quando fomos tocar em Hamburgo, e mais tarde, quando os
Beatles começaram a ficar famosos, das Royal Performances até o
primeiro show de estádio, no Shea Stadium (em Nova York, em 1965). E
também durante a fase do Wings... Inclusive, estamos lançando o filme do Rockshow (em 15 de maio, inclusive nos cinemas, o filme produzido durante a turnê Wings over America,
entre 1975 e 1976). Muitas das boas lembranças também incluem o Brasil,
um lugar incrível e com pessoas que amam minha música. As pessoas daqui
parecem amar todo o tipo de música, o que faz do país um pacote
perfeito.
Falando em Brasil, estamos em Belo Horizonte,
onde nasceu Clube da Esquina, um movimento musical dos anos 1970 que
sofreu influência dos Beatles. Já ouviu falar em Milton Nascimento?
Não, nunca ouvi. Talvez se você me mandar o CD...
Para terminar, desde 2010 você se apresenta todos os anos no Brasil. Pensa em voltar no próximo?
Adoro este país, então vai ser difícil me manter longe daqui.
fontes: http://www.diariodepernambuco.com.br/app/noticia/viver/2013/05/05/internas_viver,437648/entrevista-exclusiva-com-paul-mccartney.shtml e http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/brasil/2013/05/04/interna_brasil,364316/entrevista-exclusiva-paul-mccartney-fala-sobre-a-nova-turne-out-there.shtml (contém o audio dessa entrevista feita pela rádio)
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