Folha - Mas o sr. não vai fazer a abertura da Copa do Mundo, como foi anunciado?
Paul McCartney - Foi anunciado? [faz cara de espanto] Só houve um rumor [risos de todos]. Não, não ouvi falar disso a sério. Alguém me pediu para me envolver com os Jogos Olímpicos. Não posso, toda vez que tem um grande evento, estar envolvido. É ótimo que pensem em mim. Fico lisonjeado. Mas não posso ser o cara que está sempre lá. O público vai se cansar: lá vem ele de novo. Não, nãoooo [cantarola].
[Emendo um comentário exótico, sobre um show dele em Goiânia, em maio último.]
Na última vez que esteve no Brasil o sr. foi atacado por uma nuvem de gafanhotos
Pois é. Eu me acovardei, por acaso? [risos]. Foi tão engraçado. Era uma noite muito quente, tropical, e eu estava lá cantando. Quando sentei ao piano, notei um gafanhoto no meu ombro, outro no microfone, dois no teclado e, pior de tudo, um escorregando por dentro da minha camisa e outro na minha cabeça. Felizmente não ligo muito. Foi bem louco.
Algumas canções do disco são retrospectivas. Na faixa "Early Days" parece que o sr. tenta retomar algo do passado.
É, sei lá. Quando você escreve uma canção não passa pela sua cabeça: 'Vou dizer isso aqui, relembrar aquilo lá'. Você só faz. Quando escrevi "Early Days", pensava no passado. Lembrava em especial de mim e John em Liverpool, nos velhos tempos.
Pensei na gente na velha loja de discos, ouvindo rock, olhando os pôsteres. A alegria que me deu de relembrar os velhos momentos não é algo que se refaz. As memórias são boas. A vida muda tanto. As pessoas nem vão a lojas de discos mais.
A música fala dessas coisas e diz: "Você não pode tirar isso tudo de mim". O trecho sobre mudar da dor para o riso, isso acontece. Espero que reconheçam.
Paul McCartney - Foi anunciado? [faz cara de espanto] Só houve um rumor [risos de todos]. Não, não ouvi falar disso a sério. Alguém me pediu para me envolver com os Jogos Olímpicos. Não posso, toda vez que tem um grande evento, estar envolvido. É ótimo que pensem em mim. Fico lisonjeado. Mas não posso ser o cara que está sempre lá. O público vai se cansar: lá vem ele de novo. Não, nãoooo [cantarola].
[Emendo um comentário exótico, sobre um show dele em Goiânia, em maio último.]
Na última vez que esteve no Brasil o sr. foi atacado por uma nuvem de gafanhotos
Pois é. Eu me acovardei, por acaso? [risos]. Foi tão engraçado. Era uma noite muito quente, tropical, e eu estava lá cantando. Quando sentei ao piano, notei um gafanhoto no meu ombro, outro no microfone, dois no teclado e, pior de tudo, um escorregando por dentro da minha camisa e outro na minha cabeça. Felizmente não ligo muito. Foi bem louco.
Algumas canções do disco são retrospectivas. Na faixa "Early Days" parece que o sr. tenta retomar algo do passado.
É, sei lá. Quando você escreve uma canção não passa pela sua cabeça: 'Vou dizer isso aqui, relembrar aquilo lá'. Você só faz. Quando escrevi "Early Days", pensava no passado. Lembrava em especial de mim e John em Liverpool, nos velhos tempos.
Pensei na gente na velha loja de discos, ouvindo rock, olhando os pôsteres. A alegria que me deu de relembrar os velhos momentos não é algo que se refaz. As memórias são boas. A vida muda tanto. As pessoas nem vão a lojas de discos mais.
A música fala dessas coisas e diz: "Você não pode tirar isso tudo de mim". O trecho sobre mudar da dor para o riso, isso acontece. Espero que reconheçam.
fonte:http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2013/10/1355433-nao-quero-copiar-o-passado-diz-paul-mccartney-sobre-novo-album.shtml
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