Depois de anos de espera, finalmente foi lançado o filme Let It Be dos Beatles.
O filme começa com uma conversa entre Peter Jackson e Michael Lindsay-Hogg sobre as filmagens e o trabalho de restauração. Num ponto da conversa, Michael diz que o "Let It Be é o pai do Get Back" , então o filho ficou melhor que o pai, mas isso eu falo no final.
Ao longo do filme, quem é colecionador e tem as várias edições ao longo dos anos, como a edição alemã, as versões em 16mm e 35mm, edição tirada do laserdisc japonês e a melhor até então, que era a edição restaurada de 1992 para uso do projeto Anthology, que foi lançada em bootleg do selo HMC, a qualidade dessa nova foi superior a qualquer dessas mencionadas, como se pode ver no vídeo abaixo. O filme original de 1970 era escuro e com o tempo algumas edições foram melhoradas. Trabalho de mestre do Peter Jackson e sua equipe.
A nova mixagem, usada pelo sistema MAL, de Peter Jackson foi muito boa, mas eu percebi que ao longo do filme alguns trechos foram removidos e adicionados na mixagem. Haja paciência para enumerar cada uma, mas remixaram. Um amigo do Japão chamado Nora Fabs colocou alguns:
- Existem outros sons adicionados a Let It Be durante a pós-produção. O som da bateria quando George é eletrocutado e o som da guitarra quando George toca I Me Mine. Provavelmente para esconder a linguagem obscena.
- Isso também está presente na versão 2024 de Let It Be e Get Back, por exemplo o som do interruptor quando George liga o amplificador que foi desligado na última música do show no alto do prédio da Apple também está na fita original , foi adicionado na pós-produção.
O final foi modificado. No original de 1970, congela a cena deles saindo com THE END na tela, enquanto toca Get Back Reprise, faixa que estaria no álbum Get Back, depois descartado por eles. Na nova, mostra eles saindo, mas corta para os créditos finais tocando Oh Darling e River Rhyne. Parece que a razão da modificação foi contratual.
A nova versão agradou, mas o projeto Get Back foi bem melhor porque o diretor Peter Jackson soube montar um documentário e as perguntas que ficavam nas cabeças dos fãs foram respondidas. Já o filme Let It Be que tem mais música e menos conversa, ficou a pergunta, qual foi o objetivo do diretor em editar o filme, deixando um filme triste com várias cenas interessantes e alegres de fora. Ele falou que era visando a apresentação, mas deixando essas cenas de fora ?
Peter Jackson soube pegar o material e fazer um documentário como o Phil Spector pegou as fitas e montou o álbum Let It Be, ao contrário do Michael Lindsey Hogg e Glyn Johns que tinham as fitas, mas não souberam usá-las, na minha opinião.
Mas...Peter Jackson, Disney e a Apple e as 4 horas de material que sobrou?
Que usem essas sobras no Anthology revitalizado ano que vem!
ResponderExcluirSeria bom obrigado pelo comentário Matheus
ExcluirNão concordo não, escreveria um livro aqui. “ Get Back “, tanto o documentário de 8 horas, mais o livro transcrito foram para elucidar e derrubar mitos, criando-se uma narrativa mais concisa e verdadeira do que realmente aconteceu em Janeiro de 1969, Peter Jackson teve uma idéia, tempo e construiu um roteiro fidedigno e perfeito para o documentário, eclipsando de maneira proposital a execução de canções que é a chave de “ Let It Be “. “ Let It Be “ é o desfecho de “ Get Back “, desta vez colorido, claro, áudio impecável e cheio de vida. “ Let It Be “ é o quarto e mais importante episódio de “ Get Back “, não há como dissociá-los pois são complementares, muito menos compará-los pois se trata de uma sequência narrativa. Assim como quem comprou o livro “ Get Back “ e a edição super deluxe do álbum “ Let It Be “, verá que a capa do álbum “ Let It Be “ é a mesma com o nome “ Get Back “ riscado, ou seja, pra bom entendedor……………………..
ResponderExcluirThiago Trota..... foi o que falei no texto acima, sobre o projeto The Beatles Get Back....
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