quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Meu triângulo amoroso infernal com George e Eric Parte 2 Final


“Carta?”, eu disse. “Eu acho que não. De qual carta você está falando?”
Então caiu a ficha. “Era sua? Eu não imaginava que você se sentia assim”. Foi a carta mais passional que alguém já havia escrito para mim e colocou nosso relacionamento em um outro patamar. Ela fez o flerte mais excitante e perigoso. Mas eu pensava que era apenas flerte.
De tempos em tempos durante a primavera e o verão de 1970, Eric e eu nos vimos. Um dia, caminhando pela rua Oxford, ele me perguntou: “Você gosta de mim, afinal, ou está me vendo porque sou famoso?”
“Oh, eu pensei que você estava me vendo porque sou famosa”, eu disse. Nós rimos.
Ele sempre teve dificuldade em falar sobre seu sentimento, e ao invés disso os despejava em suas músicas e letras.
Teve uma vez em que nos encontramos sob o relógio da rua Guildford High. Ele havia acabado de voltar de Miami e me trouxe calças boca-de-sino – como na música “Bell Bottom Blues” (nota do tradutor: Blues das Calças Boca de Sino). Ele estava bronzeado e estava lindo e irresistível – mas eu consegui resistir.
Em outra ocasião eu dirigi para Ewhurst e nos encontramos num bosque ali perto. Eric estava usando um casaco de pele de lobo e estava muito sexy. Nós não fomos para sua casa porque alguém poderia estar lá. Muitas pessoas moravam em Hurtwood Edge: sua banda, os Dominos, Paula e Alice Ormsby-Gore, outra das namoradas de Eric.
A freira dentro de mim achou a situação desconfortável mas estranhamente excitante, e foi no fim daquele ano, depois que Eric tocou “Layla” para mim no apartamento em South Kensington que eu sucumbi a seus avanços.
Depois do confronto entre George e Eric na festa de Robert Stigwood, eu voltei para casa com meu marido. Ao chegar lá, eu fui para a cama e George desapareceu em seu estúdio.
Quando voltei a encontrar Eric, ele apareceu de surpresa em Friar Park. George estava viajando – eu não sei se Eric já sabia disso – e eu estava sozinha. Ele disse que queria que eu fugisse com ele: ele estava desesperadamente apaixonado por mim e não podia viver sem mim. Eu teria que abandonar George naquele momento e ir com ele.
“Eric, você está louco?”, eu perguntei. “Eu não posso. Estou casada com George”.
Ele disse: “Não, não, não. Eu te amo. Eu tenho que ter você na minha vida”.
“Não,” eu disse.
Ele pegou um pequeno frasco de seu bolso e o segurou em minha direção.
“Bem, se você não fugir comigo, vou usar isso”.
“O quê é isso?”
“Heroína”.
“Não seja tão estúpido”. Eu tentei tirar dele mas ele puxou seu punho e escondeu o frasco no bolso.
“Se você não fugir comigo”, ele disse, “é isso. Estou fora”.
E ele sumiu. Raramente o vi nos três anos seguintes.
Ele fez como ameaçou. Ele usou a heroína e rapidamente ficou viciado. E ele levou Alice Ormsby-Gore com ele.
Eric já havia usado vários tipos de drogas, aquelas que todos usávamos – maconha, estimulantes, depressivos e cocaína – e ele bebia consideravelmente. Mas seu traficante andava insistindo recentemente que ele comprasse heroína cada vez que Eric comprava cocaína.
Eric andava usando heroína esporadicamente por quase um ano e acumulou uma boa quantidade. Então começou a usar sempre. Ele e Alice se isolaram em Hurtwood Edge. Ele não saía de casa, não via amigos, não atendia à porta ou ao telefone, e os dois quase caíram no esquecimento.
Nesse período Paula se foi. Ela esteve com Eric em Miami, quando ele estava gravando “Layla”, e na hora soube que era sobre mim. Ela sempre teve a suspeita de que Eric estava com ela porque ela era a segunda melhor coisa depois de mim, e eu era inalcançável. Ouvir “Layla” confirmou isso.
Ela esteve seriamente apaixonada por Eric, mas ele destruiu seu orgulho, auto-estima e confiança, que já eram frágeis.
Além disso tudo, sua irmã mais velha era a última pessoa em quem ela podia buscar apoio. Eu tentei ligar para Eric, mas Alice sempre atendida e eu desligava.
Eu passei a dar mais atenção para meu marido e para a reforma da casa. Por um breve período o projeto nos uniu, mas a casa era tão imensa e sempre tinha tanta gente nela que nunca tivemos qualquer intimidade. Na maior parte do tempo, mesmo quando George estava em casa, eu não sabia aonde ele estava.
Na hora das refeições, havia tantas outras pessoas na mesa que não era possível ter qualquer conversa. E mesmo que dividíssemos uma cama, ele geralmente estava em seu estúdio ou meditando metade da noite em seu quarto octagonal no topo da casa. Este cômodo havia virado seu santuário.
Eu me sentia mais e mais alienada. Eu não me sentia incluída nos pensamentos ou nos planos de George. Eu não era mais sua parceira em nada. Ele estava cercado de “homens-sim”. Quando eu o questionava disso, ele dizia: “Bem, eu odiaria estar cercado de homens-não”.
Eu ouvi falar de Eric novamente em janeiro de 1971, dois meses depois do encontro em que ele prometeu usar heroína. Ele me escreveu de uma cabana no País de Gales.
Na primeira página de uma cópia de “Of Mice And Man”, de Steinbeck, ele havia escrito: “querida layla, por nada mais que os prazeres do passado eu sacrificaria minha família, meu deus, e minha própria existência, e ainda assim você não se mexeria. eu estou no limite da minha mente, eu não posso voltar e não há nada no futuro (além de você) que pode me atrair para além de hoje. eu ouvi o vento, eu observei o aglomerado escuro de nuvens, eu senti a terra sob mim para um sinal, um gesto, mas havia apenas o silêncio. porque você hesita, sou um mau amante, sou feio, sou muito fraco, muito forte, você sabe porque? se você me quer, me leve, sou seu... se você não me quiser, por favor quebre este feitiço que me amaldiçoa. enjaular um animal é um pecado, domá-lo é divino. meu amor é seu.”
A carta estava assinada com um coração. Esta nota curta me despertou sentimentos que demorei dois meses para superar. Eu escrevi para ele e disse o que ele queria escutar.
“Como você está? Espero que o ar galês esteja refrescando sua mente e aquecendo seu coração. Oh, eu queria tanto passar um tempo com você aí... seria lindo estarmos juntos, apenas por um tempo.”
“Se as estrelas mudassem repentinamente seu curso e eu puder ir para Gales, enviarei um telegrama. Por favor, se cuide. Luas cheias de amor, L”
Assim que postei a carta, tive dúvidas terríveis e imediatamente enviei um cartão postal. Ele simplesmete dizia: “Olá, por favor desculpe e esqueça minha sugestão desmiolada. Com amor, L”.
Sua resposta veio na contracapa de um livro de baladas escocesas e estava escrita em tinta verde.
“foi muito significante ter recebido ambas as cartas na mesma manhã. foi como observar um bumerangue em pleno vôo”.
Ele disse que entendia minha situação e não sabia o que sugerir.
“eu amo você, mesmo você sendo medrosa”.
Nada saiu das nossas fantasias e eu não o vi ou falei com ele novamente até agosto de 1971. George havia persuadido Eric a ir para Hurtwood Edge para tocar em um evento filantrópico, “Concert For Bangladesh”, em Nova York.
Eric estava em uma fase péssima, mas George achava que se o levasse ao palco, mesmo sob o efeito de drogas, seu vício viraria um “segredo aberto” e talvez ele abrisse a porta para seus amigos um pouco, e eles poderiam ajudar.
Todo mundo sabia que se Eric tivesse a chance de terminar duas performances – uma de tarde e outra de noite – ele necessitaria de um suplemento de heroína assim que chegasse em Nova York.
Eu me lembro de conversas sobre encontrar uma muito boa, chamada Elefante Branco, para ele. Tinha que ser muito pura porque ele nunca injetava – ele morria de medo de agulhas – mas cheirava, como se fosse cocaína, em uma colher de ouro que ele usava no pescoço. Alice encontrou a heroína – ela sempre conseguia.
Enquanto eles moravam em Hurtwood Edge, ela foi para Londres para fazer o trabalho sórdido de pegar suplementos enquanto Eric ficava em casa. Se os suplementos começassem a acabar, ela daria a parte dela e pegaria alguma outra coisa. Ela estava bebendo pelo menos duas garrafas de vodka por dia para que ele pudesse usar a heroína.
Naquele dia ele e eu mal nos falamos. Ele estava rodeado de pessoas, e no palco, ele estava bem desligado; eu não tenho certeza se ele me viu. Foi um choque pensar que ele havia feito aquilo para ele mesmo por minha causa. No começou eu me senti culpada, mas depois meus sentimentos se inverteram violentamente e eu fiquei furiosa por ele ter me pedido para escolher entre ele e o meu marido.
Quando o show acabou, Eric e Alice voltaram para os horrores de sua prisão auto-imposta em Hurtwood Edge. Pete Townshend do The Who era o único amigo que se recusava a aceitar “não” como resposta e ia para a casa com tanta freqüência que eventualmente Eric teria que vê-lo.
Pete o persuadiu a tocar em outro show beneficente, desta vez em Finsbury Park, na zona norte de Londres.
O show em 1973, divulgado como a volta de Eric, foi um triunfo. Eu estava sentada na platéia com George, Ringo, Elton John, Joe Cocker e Jimmy Page. Eric não parecia bem – sua dieta de viciado de junk food e chocolate fizeram com que ele engordasse.
Quando eu ouvi as primeiras notas de “Layla”, a primeira música da noite, e depois a letra, meu sangue gelou. Ele podia ter se destruído nos últimos três anos, mas ele não havia esquecido como tocar um coração com sua guitarra.
Toda a emoção que eu havia sentido por ele quando ele desapareceu da minha vida ferveu dentro de mim.
O show fez Eric lembrar que havia uma alternativa para sua vida de viciado e ele concordou em aceitar o tratamento. Ele se livrou da heroína – e foi direto para o álcool.
Ele se tornou um visitante regular de Friar Park e expunha seu amor por mim com vigor crescente. Cartas chegavam quase diariamente, e nelas ele pedia para que eu deixasse George e fosse com ele.
Enquanto isso, as coisas entre George e eu estavam indo de mal a pior. Eu não sabia quais eram seus sentimentos em relação ao Eric quando ele voltou em nossas vidas.
Nós estávamos tão chapados na noite da festa de Robert Stigwood que ele poderia ter esquecido sobre o confronto na névoa, mas eu acho que não. George nunca falou sobre isso, mas depois daquela noite eu acho que ele sentiu que podia ser tão descarado quanto quisesse ao buscar outras mulheres.
Na primavera de 1973 nós iríamos viajar juntos nas férias. No dia anterior à nossa partida, George disse que não estava se sentindo bem e que não poderia ir. Ele acabou indo para a Espanha, supostamente para ver Salvador Dali, com a mulher de Ronnie Wood, Krissie.
Ronnie, então baixista do The Faces, e Krissie, eram nossos amigos e freqüentemente vinham passar uns dias em Friar Park. Eu estava desesperadamente machucada: outra de minhas amigas estava dormindo com George.
Quando eu o desafiei ele negou.
Ao invés de viajar com George, fui às Bahamas com minha irmã Paula, que estava lutando contra o próprio vício em heroína. Enquanto estávamos lá recebemos uma ligação de Ronnie Wood. Ele estava em turnê e disse que iria passar uns dias conosco. Ele não parecia bravo com o fato de sua mulher estar com George – ele achava engraçado eles terem ido ver Dali.
Ronnie era um homem adorável, e talvez naquele momento um pouco de diversão, risadas e um par de braços confortantes fossem o que eu precisava.
A gota d’água para George e eu foi seu caso com a esposa de Ringo, Maureen. Ela era a última pessoa de quem eu esperava uma punhalada nas costas.
Eu descobri através de algumas fotos que ela esteve em casa com George enquanto eu visitava minha mãe em Devon. Ele havia dado a ela um belo colar, que ela usou na minha frente.
Então eu os encontrei trancados em um quarto em Friar Park. Eu fiquei do lado de fora esmurrando a porta e gritando: “O que você está fazendo? Maureen está aí dentro, não está? Eu sei que ela está!”. George apenas ria.
Depois de um tempo ele abriu a porta e disse: “Oh, ela só estava um pouco cansada, então se deitou”.
Eu corri direto prá laje da casa e abaixei a bandeira com o símbolo do Om que George tinha hasteado e hasteei a bandeira de pirata no lugar. Aquilo me fez sentir muito melhor.
Maureen não estava preparada nem para ser sutil. Ela voltou ao Friar Park meia noite e eu perguntei: “Que diabos você está fazendo aqui?” “Eu vim escutar o George tocar no estúdio.” “Bem, eu vou para a cama.” “Ah, bem, eu vou pro estúdio.”
Na manhã seguinte ela ainda estava lá, e eu perguntei: “Você já pensou nos seus filhos? O que você quer? Não gosto disso.”
“É complicado,” foi sua resposta.
Ringo não imaginava o que estava acontecendo até eu ligar para ele um dia e dizer: “Você já se perguntou porque sua mulher não volta para casa de noite? É porque ela está aqui!” Ele ficou furioso.
George continuava fingindo que nada estava acontecendo e me deixava sentir como se estivesse ficando paranóica.
Eu me sentia rejeitada e abandonada e era terrivelmente difícil falar com George. Ele havia ficado pior no ano anterior, talvez porque Eric continuasse vindo e deixando óbvio que queria me ver. George deve ter sentido que estávamos tendo um caso, mas nunca disse nada.
Numa noite, o ator John Hurt estava conosco. Eric estava para vir também e George decidiu tirar a história a limpo com ele. John quis ser educado e sair, mas George insistiu para que ficasse.
John se lembra de George descendo as escadas com duas guitarras e dois pequenos amplificadores, os deixando no chão da sala e esperando impacientemente a chegada de Eric – que estava de cara cheia, como de costume.
Assim que Eric passou pela porta, George estendeu uma guitarra e um amplificador a ele – como um cavalheiro do século XVIII oferece a espada a um rival – e por duas horas, sem uma palavra, eles duelaram. O ar estava elétrico e a música excitante.
No fim das contas nada foi dito, mas o sentimento geral era de que Eric havia ganhado. Ele não havia se deixado irritar ou apelado para exercícios de escala como George havia. Mesmo bêbado, ele era imbatível na guitarra.
Toda a época foi maluca. Friar Park era um hospício. Nossas vidas eram regadas a álcool e cocaína, e assim era a vida de todos que viviam no nosso meio. Todos estávamos tão bêbados, chapados e hedonistas quanto os outros. Ninguém parecia ter objetivos, prazos ou nada pressionando suas vidas, nenhuma estrutura ou responsabilidade.
Cocaína é uma droga sedutora porque faz você se sentir eufórico e bem consigo mesmo. Ela tira suas inibições e faz até a pessoa mais tímida e insegura se sentir confiante.
E nós tínhamos tanta energia – qualquer um falaria besteiras duas vezes mais e beberia duas vezes mais porque a cocaína nos fazia sentir sóbrios. George usava cocaína demais e eu acho que isso o mudou.
Maconha não era destrutiva. A maconha nos anos sessenta – uma droga muito diferente do skunk que os garotos fumam hoje – tinha a ver com paz, amor e expansão de consciência. Cocaína era diferente e eu acho que congelou as emoções de George e endureceu seu coração.
Na noite de ano novo de 1973, Ringo deu uma festa em sua casa. George chegou antes de mim e, quando eu cheguei, ele disse: “Vamos nos divorciar neste ano”.
Em 1974, George contou a Ringo que estava apaixonado por sua esposa. Ringo ficou num estado lastimável e saiu dizendo: “Nada é real, nada é real”.
Fiquei furiosa. Saí de mim e pintei meu cabelo de vermelho.
Em junho daquele ano, eu voltei para casa uma noite para encontrar Eric, Pete Townshend e Graham Bell, outro músico, perambulando ao redor de nossa casa.
Eu fiz uma janta, que nós comemos entre risos forçados, e então Eric me levou para fora e me pediu novamente para deixar George. Nós ficamos sozinhos e juntos pelo que pareceram horas, e ele estava tão passional, desesperado e persuasivo que eu me senti inquieta, perdida e confusa.
Eu tinha de fazer uma escolha. Eu iria com Eric, que havia escrito a música mais linda para mim, que havia ido ao inferno e voltado nestes últimos três anos por minha causa e que havia me balançado com seus protestos de amor?
Ou eu escolheria George, meu marido, que eu havia amado mas que estava sendo frio e indiferente em relação a mim por tanto tempo que eu mal podia me lembrar da última vez que ele havia me mostrado qualquer afeto, ou dito que me amava?
Naquela noite, Eric partiu e foi quase que diretamente para os Estados Unidos em turnê. No dia 3 de julho eu contei a George que o estava deixando. Era tarde da noite e eu entrei no estúdio explicando que estávamos levando uma vida ridícula e odiosa, e que eu estava indo para os Estados Unidos. Quando ele foi para a cama, eu podia sentir sua tristeza ao deitar ao meu lado. “Não se vá”, ele disse.
Metade de mim queria ficar e acreditar nele quando ele disse que ia melhorar, mas eu estava decidida.
No dia seguinte, com grande tristeza no coração, eu empacotei algumas coisas, disse um adeus choroso ao Friar Park e voei para a América. O que eu havia sentido por George foi um grande e profundo amor. O que Eric e eu tínhamos era uma paixão poderosa e intoxicante.
Era tão intensa, tão urgente, tão avassaladora que eu quase perdi o controle. Ao fazer a decisão de sair do meu casamento, eu sabia que estaria com ele, iria a todos os lugares com ele, faria tudo o que ele fizesse, ficaria com ele de todo o jeito. O que, naquela turnê nos Estados Unidos em 1974, significava beber.

fontes:http://www.dailymail.co.uk/pages/live/femail/article.html?in_article_id=473206&in_page_id=1879 e http://whiplash.net/materias/biografias/068366-ericclapton.html (pela tradução)

Um comentário:

  1. Já tinha lido estes trechos. Os fatos,narrados por ela mesma,só comprovam que ela era galinha mesmo.E nesse quesito e naquele período,Clapper não ficava atrás.Quanto tempo eles passaram juntos ? Quantos amantes tiveram cada,após a separação,até hoje ? Depois dela sabe-se que George viveu com Olivia até a morte,certo ? George não era santo,mas ficar como o"safadinho' nessa história é uma piada.Agora ela vai livrar uns trocos com um livro bombástico como o fazem os mordomos e motoristas.

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