Na terça, a EMI brasileira mostrou para a imprensa o material remasterizado dos Beatles que sai dia nove de setembro no mundo todo. São 13 álbuns – os quatro iniciais em estereo pela primeira vez em CD no formato original em lançamento oficial - e a coletânea "Past Masters" dupla que complementa a discografia britânica. Sai também o jogo “Rock Band: The Beatles” com 45 canções. O material já foi apresentado à imprensa na Inglaterra e, pelo que escreveram, foi evitado o fantasma da era do MP3, o excesso de compressão que corta a dinâmica das músicas para compensar as limitações do formato, um mal que assolou até a última remasterização do Led Zeppelin.
Não se deve esperar nada tão surpreendente como a nova versão da trilha sonora de “Yellow Submarine,” lançada em 1999, porque nesta houve uma remixagem a partir das fitas originais e uma remasterização. Desta vez o trabalho foi feito em cima das masters em fita finalizadas pela banda e pelo produtor George Martin.
Não se deve esperar nada tão surpreendente como a nova versão da trilha sonora de “Yellow Submarine,” lançada em 1999, porque nesta houve uma remixagem a partir das fitas originais e uma remasterização. Desta vez o trabalho foi feito em cima das masters em fita finalizadas pela banda e pelo produtor George Martin.
O engenheiro Alan Rousse, um dos responsáveis pelo trabalho, conta em entrevistas que as versões em estéreo sofreram uma equalização discreta para melhorar o som, mas as versões em mono, disponíveis apenas em uma caixa especial para colecionadores, não passaram por esse processo. Ele conta que houve uma filtragem para remover imperfeições técnicas tipo sibilâncias, erros de edição, hiss das fitas, mas não se mexeu em coisas como rangido de pedal de bumbo, respirações e barulho de lábios, consideradas parte da performance Beatle.
O tempo gasto nesta remasterização – quatro anos a partir do começo de 2005 – é um indicador do cuidado da equipe com o acervo que tem o unânime status de “sagrado.” Houve um alentado período de testes antes de se começar o trabalho propriamente dito. As masters estavam em boas condições, apenas com um pouco de ferrugem. Apesar de existir um backup digital desde 1991, partiu-se dos originais. Cada música foi transferida individualmente e exaustivamente analisada para se decidir o que seria feito. A remasterização foi feita em ordem cronológica, acompanhando o desenvolvimento musical do Fab Four.
O produtor dos Beatles George Martin e seu filho Giles, responsável pela trilha de “Love,” o musical Beatle do Cirque Du Soleil, não participaram do processo. A responsabilidade ficou com os engenheiros Guy Massey, Steve Rooke, Alan Rousse e Mike Heatley.
Os álbuns serão reunidos em caixas. Os em estereo terão os discos mais um DVD com minidocumentários que também virão em cada CD vendido em avulso. A caixa está a US$ 207,98 na CD Universe e a US$ 624,98 na Amazon. A caixa em mono terá tiragem de 10 mil unidades com 10 discos (não tem “Abbey Road”, “Let it be” e “Yellow submarine”) mais as mixagens estereo de 1965 dos álbuns “Help!” e “Rubber soul” que não foram lançadas na época. Ainda não há preço fixado para esta caixa.
Os discos remasterizados são “Please Please Me” e “With the Beatles,” ambos de 1963; “Meet the Beatles!.” “A Hard Day's Night,” e “Beatles for Sale” de 1964; “Help!” e “Rubber Soul” de 1965, “Revolver” de 1966; “Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band” e Magical Mystery Tour ( Na Inglaterra saiu como EP, nos EUA como LP e acabou incorporado à discografia como LP) de 1967; “The Beatles” [White Album] de 1968; “Yellow Submarine” e “Abbey Road” de 1969 e “Let It Be” de 1970. As coletâneas “Past Masters Vols. 1 e 2” que complementavam a discografia britânica foram reunidas num único disco duplo com capa preta.
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