“Senhoras e senhores, os Beatles”, disse Ed Sullivan, com a voz engolida pelos gritos incessantes das jovens presentes no estúdio do The Ed Sullivan Show. Era apenas a estreia daqueles quatro rapazes de Liverpool, Inglaterra, na televisão norte-americana, mas se tornou algo muito maior e mais mágico do que isso. Em 9 de fevereiro de 1964, os Beatles deram início ao movimento cultural conhecido como a Invasão Britânica, data que completa 55 anos.
Com dois discos na bagagem, Please Please Me (1963) e With the Beatles (1963), os Beatles foram recebidos por uma multidão no aeroporto de John F. Kennedy, em Nova York, dois dias antes. E a cena se repetiu na frente do hotel no qual eles se hospedaram e na porta do estúdio de Ed Sullivan.
Com dois discos na bagagem, Please Please Me (1963) e With the Beatles (1963), os Beatles foram recebidos por uma multidão no aeroporto de John F. Kennedy, em Nova York, dois dias antes. E a cena se repetiu na frente do hotel no qual eles se hospedaram e na porta do estúdio de Ed Sullivan.
Os gritos histéricos que já seguiam a banda pela Inglaterra também se fizeram ouvidos do outro lado do oceano Atlântico. E isso se refletia nas vendas da banda em território norte-americano. A música “I Want to Hold Your Hand”, lançada no fim do ano anterior, estava no topo das paradas do país e nada parecia ser capaz de fazê-la sair de lá – a não ser outra música dos próprios Beatles.
Foi através da histeria britânica que Sullivan tomou conhecimento dos quatro músicos, enquanto fazia uma conexão no aeroporto londrino Heathrow, em 1963. Ali mesmo, o apresentador os convidou – através do empresário da banda, Brian Epstein –, para fazer a estreia do grupo na TV norte-americana.
Foi através da histeria britânica que Sullivan tomou conhecimento dos quatro músicos, enquanto fazia uma conexão no aeroporto londrino Heathrow, em 1963. Ali mesmo, o apresentador os convidou – através do empresário da banda, Brian Epstein –, para fazer a estreia do grupo na TV norte-americana.
O apresentador já estava acostumado aos gritos já que, em 1956, ele levou Elvis Presley ao estúdio e viu as moças se descabelarem pelo Rei do Rock. Com os Beatles, contudo, o The Ed Sullivan Show bateu um recorde de audiência na época, com 73 milhões de espectadores espalhados por todo o país – cerca de 34% da população total norte-americana.
E, no palco, os Beatles não decepcionaram. Respondiam ao estardalhaço voluntarioso delas, as fãs, com sorrisos inocentes e acenos. Foram três participações no programa, marcadas para os dias 9, 16 e 23 de fevereiro, por três domingos seguidos
E, no palco, os Beatles não decepcionaram. Respondiam ao estardalhaço voluntarioso delas, as fãs, com sorrisos inocentes e acenos. Foram três participações no programa, marcadas para os dias 9, 16 e 23 de fevereiro, por três domingos seguidos
Na primeira delas, durante a música “Till There Was You”, o programa exibiu closes de cada um dos Beatles, indicando seus nomes. Vieram Paul McCartney, Ringo Starr, George Harrison e, por fim, John Lennon. No caso do último, contudo, o nome veio acompanhado por um aviso: “Sinto muito, garotas. Ele é casado”. Na época, John mantinha um relacionamento com Cynthia Powell.
Naquela noite, os Beatles tocaram “All My Loving”, “Till There Was You”, “She Loves You”, “I Saw Her Standing There” e o hit do momento “I Want to Hold Your Hand”.
Naquela noite, os Beatles tocaram “All My Loving”, “Till There Was You”, “She Loves You”, “I Saw Her Standing There” e o hit do momento “I Want to Hold Your Hand”.
No domingo seguinte, dia 16 de fevereiro, os Beatles apareceriam novamente no The Ed Sullivan Show, diretamente de Miami, e tocaram seis canções. Por fim, as participações no programa terminaram no dia 23, com a exibição de três músicas gravadas no primeiro domingo, duas semanas antes.
Aqueles quatro rapazes não poderiam imaginar o que eles iriam encontrar por lá – e sequer estavam tão confiantes de que seriam um sucesso nos Estados Unidos. Mas o que se viu foi um furação cultural. Depois disso, o público norte-americano passou a consumir avidamente diversos outros frutos da música britânica, como Rolling Stones, The Who, The Kinks (por pouco tempo, é bem verdade). Ao fim da viagem, Paul, John, Ringo e George não eram apenas de "quatro garotos de Liverpool", eles haviam se tornado quatro garotos do mundo. Obrigado, Ed Sullivan.
fonte/source: TIME e Rolling Stones Brasil
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